Casos como o da Thomazia Montoro começaram a aparecer no Brasil nos anos 2000 e se intensificaram recentemente. Telma Vinha, que pesquisa violência nas escolas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz que não há política pública no Brasil para prevenir ataques. "Vai acontecer de novo, só não se sabe onde."
essas academias e institutos mirins militares, que oferecem a aula de curso de tiro. Além disso, é preciso fortalecer e ampliar serviços de saúde mental. E também é importante a mídia não divulgar informações sobre o assassino, porque as comunidades mórbidas, cada vez que ocorre isso, comemoram, valorizam.
E nas escolas, que trabalho precisa ser feito?
A gente sabe que aumentar a vigilância e a segurança na escola não funciona. Em Barreiras, Bahia, aconteceu em uma escola cívico-militar. As escolas precisam melhorar a qualidade da convivência porque, em todos os casos, têm um sofrimento na escola, todos. Não existe saída simples, mas existe um conjunto de ações possíveis de serem feitas.
Como os professores devem agir?
Os professores são admiráveis, mas não adianta se não tiver uma política, um planejamento, intencionalidade de transformação. Se os primeiros conflitos fossem resolvidos do jeito certo e não ignorados pela escola ou punidos, isso poderia ser diferente.
Do ponto de vista da segurança, o que é indicado?
Aumentar a inteligência da polícia, o monitoramento de redes. Por exemplo, se tem alguém suspeito, você precisa de um canal para denunciar. Hoje você denuncia para a polícia do bairro, eles não têm a menor ideia de como fazer, como investigar esse tipo de coisa na internet.