Nesta quarta-feira, 23 de abril de 2025, os profissionais da educação de Conceição da Feira e de todo o Brasil realizam uma paralisação nacional organizada pela Confederação Nacional em Educação (CNTE), com apoio da CUT e APLB-Sindicato, em protesto contra a falta de valorização, investimentos e condições dignas de trabalho no setor educacional.
A professora Nathalya, uma das diretoras do Núcleo da APLB em Conceição da Feira, afirma com firmeza:
“Essa paralisação não é para ficar em casa. É um chamado à luta. Vocês estão vendo como está a educação no nosso país e na nossa cidade. Precisamos de valorização, recursos, cuidadores qualificados, formação continuada e respeito.”
Entre as reivindicações da categoria estão:
Pagamento do piso nacional ainda pendente desde 2022;
Mudança de classe VII travada por problemas no sistema, afetando a progressão de carreira;
Falta de EPIs, insalubridade e periculosidade não pagas;
Tabela salarial defasada dos servidores;
Precatórios dos aposentados sem decisão da Justiça e sem pagamento local;
Falta de alimentação de qualidade e suficiente nas escolas;
Falta de formação e atenção para o atendimento adequado às crianças com autismo, além de apoio às mães atípicas.
A professora também destacou o impacto negativo de medidas como a portaria do prefeito de Feira de Santana, que retirou os 2/3 da carga horária dos professores, impedindo a posse de novos concursados e prejudicando a permanência de muitos educadores na rede.
“Ele está generalizando de município para município. Isso prejudica todos nós.”
A luta da categoria também pede a aprovação da Lei 25/31, que garante o piso nacional dos servidores da educação, além do cumprimento de direitos já conquistados, mas ainda não assegurados na prática.
“Tivemos alguns avanços, sim, mas seguimos perdendo direitos. E enquanto isso, muitos querem que fiquemos em nossas cadeiras de balanço, como se estivesse tudo bem... Depois vêm as surpresas. Vamos à luta, companheiros(as)! APLB somos todos nós!”
A paralisação acontece em todo o Brasil, com atos públicos, assembleias e mobilizações locais.