No debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo desta segunda-feira (23), promovido pelos canais Flow, Pablo Marçal (PRTB) foi excluído nas considerações finais após atingir o limite de três advertências por ofensas a adversários.
Último a falar no bloco final de um debate até ali morno, o influenciador direcionou ataques ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição. Chamou o oponente de “bananinha” e anunciou o que chamou de “promessa de campanha”: colocar Nunes na cadeira.
Neste instante, foi interrompido pelo apresentador do debate, Carlos Tramontina, e recebeu a primeira advertência. Pelo contrato assinado pelos candidatos, eles seriam advertidos a cada ofensa ou ataque direto a outro postulante. Na terceira advertência, o autor do insulto seria expulso.
“O senhor aparentemente está aproveitando o último instante do debate para baixar o nível. [...] As regras estão aqui e o senhor assinou”, intercedeu Tramontina.
Retomada a fala de Marçal, o ex-coach seguiu na mesma toada: “nós vamos prender o prefeito por envolvimento com problema de creche”, quando foi advertido pela segunda vez. Ao mesmo tempo, fora dos microfones, Nunes gritava “vai deixar assim?”.
No fim, faltando 33 segundos para concluir sua fala, Marçal permaneceu em silêncio por 17 segundos e emendou: “a Polícia Federal vai prender o Ricardo Nunes, essa é uma promessa de campanha por causa das merendas. É a Polícia Federal mesmo, seu banana”.
Tramontina voltou a interromper Marçal e anunciou sua exclusão do debate. Após protestos do candidato, começou um empurra-empurra entre assessores e seguranças fora das câmeras, seguido de correria. A maioria dos candidatos deixou o estúdio neste instante e a transmissão foi cortada.
Minutos depois, o mediador, antes de encerrar o debate, anunciou que um dos assessores de Nunes, o marqueteiro Duda Lima, levou um soco na confusão e estava “sangrando muito”. E assim terminou o oitavo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo.